Redes Sociais

Encontre o que deseja

    Brasil

General Heleno diz que devolveu relógio da marca Rolex recebido em viagem de comitiva de Bolsonaro ao Oriente Médio

Fala foi dada pelo ex-ministro do GSI do governo Bolsonaro em à CPMI do 8 de Janeiro

Publicada em 27/09/2023 as 08:38h por Redação O Sul
Compartilhe
   
Link da Notícia:
 (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O general da reserva Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Jair Bolsonaro (PL), afirmou que devolveu um relógio Rolex que recebeu como presente durante viagem de comitiva do ex-presidente ao Catar, em 2019.

A afirmação foi feita no depoimento de Heleno à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, nesta terça-feira (26), em resposta a questionamento da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

“O relógio estava comigo, tinha outros que receberam relógio, o Comitê de Ética da Presidência da República foi consultado sobre o que fazer com o relógio (…), e o que veio como decisão do Comitê de Ética da Presidência foi que era um presente personalíssimo, e que nós podíamos ficar com o relógio”, disse o ex-ministro.

Em março de 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) notificou a Secretaria-Geral e a Comissão de Ética da Presidência da República sobre relógios de luxo recebidos pela comitiva que acompanhou o ex-presidente Bolsonaro ao Catar, em 2019. Entre os integrantes da comitiva, estava Heleno.

Na notificação, o ministro Antonio Anastasia escreveu que os itens recebidos pela comitiva estavam “em desacordo com o princípio da moralidade pública” e que “o recebimento de presentes de uso pessoal com elevado valor comercial extrapola os limites de razoabilidade” previstos na legislação.

Direito ao silêncio

O general Augusto Heleno foi convocado para depor à CPMI dos Atos Golpistas na condição de testemunha. Na segunda-feira (25), o ex-ministro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não fosse obrigado a comparecer à comissão. O pedido foi recusado pelo relator, Cristiano Zanin. No entanto, o ministro permitiu que Heleno não respondesse a perguntas.

Em seu depoimento, Heleno respondeu a algumas das perguntas feitas pelos parlamentares, mas silenciou, por exemplo, quando foi questionado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG) se teria participado de reunião do hacker Walter Delgatti Neto com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Politização

No depoimento, o general Heleno disse que não politizou o GSI enquanto esteve na chefia do órgão, e também afirmou que o acampamento golpista no qual se abrigaram vândalos que cometeram os atos de 8 de janeiro, em Brasília, tinha “atividades ordeiras”.

Aos integrantes da CPMI, Heleno criticou declarações do atual ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, de que o Heleno teria levado “carga política” ao órgão.

“Sobre a declaração do atual ministro do GSI, que eu politizei, eu lamento que tenha partido do atual [ministro], que é meu amigo particular. Ele já tinha trabalhado no GSI antes, ele falou essa bobagem no dia que chegou no GSI, garanto que ele está arrependido do que falou”, disse.




Nosso Whatsapp

 

Visitas: 3473050 | Usuários Online: 239

Copyright © 2019 - Grupo Art Mídia Comunicação - Todos os direitos reservados