Regilânio da Silva Inácio, aluno atingido por um equipamento em uma academia, voltou a ter sensibilidade nas pernas. Ele disse em entrevista, que consegue sentir o toque na parte externa de ambas as coxas.
Regilânio, que trabalhava como motorista de aplicativo, sofreu uma lesão gravíssima na coluna depois que um aparelho com 150kg de carga caiu sobre os ombros dele. O acidente aconteceu em Juazeiro do Norte, no Cariri cearense, no último dia 4 de agosto.
No dia seguinte, ele precisou passar por uma cirurgia de urgência, que durou cerca de quatro horas. A avaliação dos médicos foi de que Regilânio tinha 1% de chance de voltar a andar. Ele não tinha sensibilidade da cintura para baixo, mas recuperou após as sessões de fisioterapia que iniciou após o acidente.
“Já consegui perceber diferença na sensibilidade. Após a cirurgia, eu não sentia nada da cintura para baixo. Agora, já estou sentindo na lateral [parte externa] das coxas. A sensibilidade, a cada dia que passa, está aumentando.
Se alguém toca, passa o dedo, eu já sinto”, declarou.
Regilanio disse que faz fisioterapia de segunda a sexta, com três profissionais diferentes — um focado no fortalecimento do tronco, outro nas pernas e mais um para questões de acessibilidade. Em alguns dias da semana, ele faz fisioterapia mais de uma vez por dia.
“Eu estou gostando muito e os fisioterapeutas estão bem confiantes. Eles dizem que estou reagindo muito bem. Eles estão bem otimistas”, disse Regilânio.
“No fim de semana, infelizmente, eu fico triste porque queria [fisioterapia] todo dia mesmo. No dia que não tem, eu até choro. Graças a Deus, [a sensibilidade] está voltando. Aos pouquinhos, porque é um processo lento”, complementou.
‘Objetivo é voltar a andar’
Regilânio da Silva Inácio, de 42 anos, teve a coluna rompida ao ser atingido por máquina de academia com 150 quilos; ele recebe alta após cinco dias — Foto: Arquivo pessoal
Mesmo com a baixa probabilidade dita pelos médicos, Regilânio demonstrou otimismo com a possibilidade de voltar a andar desde os primeiros dias no período pós-cirúrgico. Ele sempre colocou como prioridade o desejo de retomar completamente o movimento das pernas.
Contudo, ele sabe que não é um processo rápido. “O meu objetivo é voltar a andar. O que tenho na minha cabeça é isso. Sei que é um processo lento, mas só penso nisso. Não penso em outra coisa”, declarou.
“Antes, eu tinha vários planos. Agora, meu único plano, único objetivo, é voltar a andar. Meus planos pararam todos no dia 4 desse mês”, complementou Regilânio.