A notícia de que Suzane von Richthofen pode estar grávida, ainda não confirmada oficialmente, levou a editora Matrix a suspender a impressão da biografia da jovem que matou os pais em 2002. Suzane: Assassina e Manipuladora, publicado no início de 2020, ganharia uma nova edição para integrar a coleção Mulheres Assassinas, que a editora organizou com livros também sobre Elize Matsunag, que matou e esquartejou o marido, e Flordelis, responsável pelo plano de assassinato do marido.
O arquivo do livro tinha acabado de ser enviado à gráfica quando o autor das biografias, Ulisses Campbell, recebeu a informação da suposta gravidez de Suzane. A editora confirmou na manhã desse sábado (19), que Campbell refez o texto e revelou ainda que a obra já foi mandada novamente para impressão. A previsão é que o box com os três livros, atualizados e ampliados, chegue às livrarias no dia 15 de setembro.
O livro sobre Suzane von Richthofen é fruto de três anos de pesquisa de Ulisses. Em 2019, a jovem pediu a proibição da obra e uma juíza do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido. A censura foi derrubada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, 37 dias depois da proibição.
Relembre o caso
Na noite do dia 31 de outubro de 2002, Manfred e Marísia von Richthofen foram assassinados a pauladas pelos irmãos Cravinhos, Daniel e Cristian, a mando da filha do casal, Suzane von Richthofen. O crime chocou o país tanto pela participação de Suzane quanto pela forma como foi premeditado.
Na época, ela tinha quase 19 anos e era estudante de direito da PUC-SP. Segundo depoimento dos acusados à polícia, antes do assassinato, o irmão de Suzane -então com 15 anos- foi levado por ela até um cybercafé.
Em seguida, ela e o namorado, Daniel Cravinhos, à época com 21, encontraram o irmão dele Cristian, 26, e seguiram para a casa da família no Brooklin, na zona sul de São Paulo. Suzane entrou e foi ao quarto dos pais para constatar que eles dormiam. Depois, acendeu a luz do corredor, e os irmãos golpearam o casal.
Inicialmente, a polícia acreditava se tratar de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte). Porém, a casa não tinha sinais de arrombamento, e tanto o alarme quanto o sistema interno de vigilância estavam desligados.
Dias após o crime, a compra de uma moto com parte do valor paga em dólares levou a polícia a desconfiar dos irmãos. Em 8 de novembro de 2002, Suzane, Daniel e Cristian foram presos e confessaram ter planejado e matado o casal.
Depois de 20 anos, Suzane passou para o regime aberto pela 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté.