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Advogado de Bolsonaro admite recompra de relógio nos Estados Unidos

O relógio da marca Rolex foi vendido ilegalmente por assessores de Jair Bolsonaro

Publicada em 16/08/2023 as 08:41h por Redação O Sul
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 (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, admitiu, em coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (15), que recomprou o relógio recebido de presente pelo então presidente da República durante viagem internacional. O relógio da marca Rolex foi vendido ilegalmente por assessores dele.

Apesar disso, Wassef afirmou que não recomprou o objeto de luxo a pedido do ex-chefe do Executivo, mas com seu próprio dinheiro e para cumprir uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

“Sim, fui aos Estados Unidos e comprei o Rolex (…) O motivo de eu ter comprado esse relógio: não foi Jair Messias Bolsonaro que me pediu. Meu cliente Jair Bolsonaro não tem nada a ver com essa conduta, que é minha, e eu assumo a responsabilidade. Eu fui, eu assumo, eu comprei”, afirmou.

“Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando comprei o relógio era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”. Conforme o advogado, a compra foi declarada à Receita Federal.

“O governo do Brasil me deve R$ 300 mil”, afirma Wassef, enquanto mostra um recibo de compra no valor de US$ 49 mil.

“Eu fiz o relógio chegar ao governo”, disse o advogado.

Rolex

Segundo investigação da Polícia Federal (PF), o objeto foi vendido pelo general Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, braço-direito do ex-chefe do Executivo, e recuperado para ser entregue ao Tribunal de Contas da União.

As movimentações faziam parte, segundo a PF, de atos para recuperar os itens que integravam o denominado “Kit Ouro Branco”, com o objetivo de “escamotear, das autoridades brasileiras, a evasão e a venda ilícitas dos bens no exterior”.

O advogado da família Bolsonaro foi escalado para ir aos Estados Unidos recomprar o relógio Rolex, um item de luxo dado de presente ao então governo Bolsonaro.

A recompra foi realizada depois que o TCU determinou que o presente fosse devolvido para a União, porque ele não era um bem de natureza personalíssima. Oficialmente, a equipe de Bolsonaro afirmava que o relógio estava no Brasil e seria devolvido para a União.

Entretanto, os assessores dele ganhavam tempo até que o relógio fosse encontrado e recomprado. No dia em que a operação foi realizada, a equipe do ex-presidente da República comemorou como missão cumprida.




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