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Mãe e filha acusadas de sequestro e assassinato de professora extorquiram familiar da vítima e pediram resgate

Corpo da professora Vitória Romana Graça foi encontrado carbonizado

Publicada em 15/08/2023 as 08:12h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução/Redes sociais)

No último sábado (12), policiais civis do Rio de Janeiro prenderam em flagrante Paula Cestódio Vasconcelo e apreenderam a filha dela, de 14 anos, pelo sequestro e assassinato da professora Vitória Romana Graça, 26 anos. Ela estava desaparecida desde quinta-feira (10) e seu corpo foi encontrado carbonizado em uma casa na Comunidade Cavalo de Aço, na Zona Oeste da capital fluminense.

No domingo (13), Paula teve prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Em depoimento, a mãe da professora contou que recebeu ameaças por telefone e que lhe pediram R$ 2 mil pelo resgate de sua filha. Vitoria era contratada do município havia quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo.

De acordo com as investigações, Vitória manteve um relacionamento com a adolescente apreendida. Um colega da professora contou à Polícia que Vitória decidiu se afastar da menina por achar que a mãe dela estava se aproveitando do namoro para obter benefícios financeiros.

De acordo com esse amigo, Vitória relatou que a geladeira da casa de Paula estava sempre vazia e que, para ajudar, a professora comprava cesta básica e itens de casa para a família. Segundo a investigação, a dupla usou conta bancária da vítima para efetuar uma transferência e pagar uma compra em uma mercearia.

Uma testemunha disse que, no dia do desaparecimento, Paula e o seu irmão procuraram Vitória na escola em que ela trabalhava. Ao ser questionada sobre motivo da visita pelo amigo, a professora disse que Paula a procurou para falar do fim do relacionamento e pediu que as duas conversassem “fora do seu local de trabalho”.

O amigo da vítima contou à polícia que orientou Vitória para que encontrasse com a mulher em um local público, “de preferência um shopping, onde tem muitas pessoas”.

Naquele mesmo dia, a professora visitou a mãe por volta das 21h. Ao sair, teria ido ao encontro de Paula e nunca mais foi mais vista com vida. Naquele dia, várias transferências foram feitas pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula. Ele ainda não foi encontrado pela polícia.

Mandado de prisão 

Conforme a 35ª DP, Paula já tinha mandado de prisão em aberto por roubo qualificado. No último domingo, ela participou de duas audiências de custódias. Uma em relação ao sequestro e morte da professora, e a outra por ter sido condenada, em 2014, a seis anos de prisão por roubo.

No processo, consta que ela realizou quatro roubos em pouco espaço de tempo, acompanhada de menor infrator. Um trecho da decisão da época diz que Paula usou “um simulacro de arma de fogo, o que denota a extrema ousadia da acusada e denota sua conduta social distorcida”.




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