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Influenciadores e servidora pública são presos por fraude na venda de rifas falsas nas redes sociais

Mano Queixo, Isabelly Aurora e Lucas Picolé: veículos de luxo foram apreendidos

Publicada em 03/07/2023 as 07:35h por Redação O Sul
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 (Foto: Reprodução/Instagram)

A polícia apreendeu, em Manaus, dois influenciadores e uma servidora pública investigados por fraudes milionárias na venda de rifas falsas pelas redes sociais.

O influenciador digital João Lucas Da Silva Alves, conhecido como Lucas Picolé, vendeu rifas pelas redes sociais para sortear as motocicletas. Em maio, ele foi entregar as motos após um sorteio. O ganhador recebeu 10 motos de uma vez. Mas, segundo a polícia, tudo não passou de uma fraude.

As investigações apuraram que o suposto vencedor da rifa, identificado como Talison de Sousa, comprou as motos 15 dias antes do sorteio e o dinheiro arrecadado teria sido dividido entre ele e Lucas Picolé. Talison não quis falar com a reportagem.

“As informações que foram levantadas dão conta de uma possível simulação sobre esse sorteio específico, haja vista que as motocicletas já se encontravam em nome dessa pessoa que figurou como ganhador antes do sorteio ter sido realizado. E isso é um forte indício de que há um esquema fraudulento, inclusive no resultado, na manipulação dos resultados de sorteios”, explicou o delegado Cícero Túlio.

A Polícia Civil do Amazonas investiga Lucas Picolé e outros influenciadores digitais por vender rifas ilegais em suas rede sociais. Nos sorteios, eram oferecidos carros de luxo, motos e dinheiro em espécie aos ganhadores. Segundo a polícia, apenas os prêmios de valor baixo eram entregues.

Também pelas redes sociais, os suspeitos ostentavam uma vida de luxo, conquistada, ainda segundo a polícia, com a venda das rifas fraudulentas.

“No Brasil, somente se possibilita a atuação de rifas de forma filantrópica, sem cunho, a fim de obter recursos financeiros. Fora isso, para que haja a veiculação de rifas, deve haver por parte da pessoa que opera esse sistema, uma autorização do Ministério da Economia para que haja alguma forma de fiscalização e auditoria sobre o resultado dessas premiações”, disse o delegado.

A Justiça determinou o sequestro dos bens de Lucas Picolé e dos influenciadores Enzo Felipe da Silva, o Mano Queixo, e Isabelly Aurora. As redes sociais deles também foram suspensas. Segundo as investigações, em um ano, eles movimentaram cerca de R$ 5 milhões.

Na quinta (28), a polícia fez uma operação para cumprir as ordens judiciais. Além dos carros importados, os investigadores apreenderam celulares e materiais usados para promover as rifas ilegais dos suspeitos.

Na casa de Lucas, os policiais também encontraram drogas sintéticas em um dos veículos e munição para fuzil. Ele, junto com Enzo, foram presos. Todo material apreendido foi levado para a delegacia.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Lucas e Enzo. A juíza Aline Lins considerou que a liberdade dos dois coloca em risco à ordem pública.

Segundo a polícia, Lucas Picolé é dono de uma loja especializada em vender roupas e artigos de marcas de grifes famosas. Mas o que os investigadores constataram é que todos os produtos vendidos são falsificados.

Segundo a polícia, o dinheiro das vendas caía direto na conta da cunhada de Lucas, Flávia Matos da Silva, suspeita de atuar na lavagem de dinheiro e funcionária da prefeitura de Manaus. Ela foi presa por receptação de produtos falsificados e solta na audiência de custódia.

“As investigações vão dar continuidade, existem diversos outros alvos que já se encontram sendo monitorados pela Polícia Civil e o objetivo é justamente chegar na plataforma utilizada por esses influencers pra arrecadar esse dinheiro que é ilícito, ocorrente da prática criminosa dessas rifas”, afirmou o delegado Cícero Túlio.

A defesa de Isabelly Aurora disse que ela sempre esteve à disposição das autoridades e tem cooperado com as investigações. O advogado que representa João Lucas, Enzo Felipe e Flávia Matos declarou que acredita no Judiciário e que todos os fatos vão ser esclarecidos. A prefeitura de Manaus exonerou a servidora e disse que não tinha conhecimento sobre as atividades dela.




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