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Desperdício de água aumenta pelo sexto ano seguido no Brasil

Uma portaria de 2021 do governo federal estabelece como meta para o ano de 2034 reduzir para 25% esse indicador

Publicada em 05/06/2023 as 13:49h por Redação O Sul
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 (Foto: Freepik)

O desperdício de água potável aumentou pelo sexto ano seguido no Brasil, aponta um levantamento do Instituto Trata Brasil divulgado nesta segunda-feira (5). Em 2015, 36,7% da água potável produzida no País foi perdida durante a distribuição. Já em 2021, o ano mais recente com os dados disponibilizados, o índice atingiu 40,3%.

Isso significa que, a cada 100 litros de água captados da natureza e tratados para se tornar potável, quase 40 litros se perdem por conta de vazamento nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros e outros problemas.

Em 2021, 7,3 bilhões de metros cúbicos de água foram captados da natureza e tratados, mas acabaram não sendo faturados pelas empresas do setor por conta dos problemas citados acima. Esse volume equivale a quase 8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente e mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira, o maior conjunto de reservatórios do Estado de São Paulo.

Desse total, 3,8 bilhões de metros cúbicos foram desperdiçados por meio de vazamentos (que podem ser visíveis, como canos estourados na rua, ou ocultos, por meio de perdas subterrâneas, nos encanamentos). Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer 67 milhões de brasileiros em um ano (ou pouco mais de 30% da população do País em 2021).

Esse número é cerca de duas vezes mais alto do que o total de pessoas que vivem sem acesso à água potável no País: 33 milhões. Ou seja, a redução das perdas de água implicaria na disponibilidade de mais recurso hídrico para a população que não tem acesso a esse serviço hoje, sem a necessidade de aumentar a captação de água na natureza.

Mesmo sem zerar as perdas, os benefícios já poderiam ser sentidos pela população com a diminuição gradual do desperdício. Uma portaria de 2021 do governo federal estabelece como meta para o ano de 2034 reduzir para 25% esse indicador.

Caso o indicador de perdas de água caísse do atual patamar de quase 41% para os 25% previstos pela portaria, 25,7 milhões de brasileiros que não têm acesso à água potável hoje poderiam passar a usufruir desse direito.

O que os dados dos últimos anos mostram, porém, é que o País não está avançando para alcançar essa meta, já que 2021 foi o sexto ano seguido de piora do indicador de perda na distribuição.

Veja o ranking de desperdício de água por Estado:

Amapá: 74,8% da água produzida é perdida

Acre: 74,4%

Roraima: 64%

Rondônia: 61,4%

Maranhão: 59,2%

Amazonas: 53%

Rio Grande do Norte: 52,2%

Mato Grosso: 48,4%

Sergipe: 48,4%

Alagoas: 47%

Pernambuco: 46%

Piauí: 45,3%

Ceará: 45,2%

Rio de Janeiro: 45%

Rio Grande do Sul: 42%

Bahia: 39,7%

Espírito Santo: 38,8%

Minas Gerais: 37,5%

Pará: 37,4%

Tocantins: 35,5%

Paraíba: 35,4%

Distrito Federal: 35,1%

São Paulo: 34,5%

Santa Catarina: 34,1%

Paraná: 33,8%

Mato Grosso do Sul: 33,4%

Goiás: 28,5%




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