Uma sereia saiu do imaginário e ganhou vida no corpo de uma mulher de 28 anos. Aline Beselga contou ao g1 que começou a praticar o sereismo e se tornou uma sereia profissional em homenagem ao pai, que morreu de Covid-19. A criadora da sereia Ester realiza trabalhos sobre conscientização ambiental nas praias do litoral de São Paulo, principalmente em Santos, em escolas, além de dar aulas on-line para futuras sereias.
Aline entrou em depressão após a morte do pai, Fábio Guerra, em 2020. Segundo ela, a ligação entre os dois e mar sempre foi ‘muito forte’. Eles remavam caiaque e recolhiam lixo nas areias das praias. Ela ressaltou também que o pai "era um homem que se preocupava muito com o meio ambiente".
“Um dia sonhei com uma sereia toda azul. Quando acordei resolvi fazer uma homenagem a ele [ao pai], já que o que unia a gente era esse amor pelos oceanos. Minha sereia veio trazer conscientização ambiental”, relembrou.
Foi em 2021, após a pandemia, que Aline mergulhou no universo do sereismo e deu vida a sereia Ester, com longos cabelos azuis e calda rosa.
“Sereismo é um estilo de vida. O que te torna uma sereia ou um tritão é a paixão pelos oceanos. Muitos usam acessórios, maquiagens e outros estudam apneia e até usam cauda. Não tem uma forma certa de se viver do sereismo. É muito mais
que uma tendência”, explicou.