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Máfia das apostas: Em conversa com a esposa, suspeito ironiza matéria sobre manipulação de resultados: Como tem gente que é capaz

Romarinho diz que falso empresário deveria seguir seus passos e oferecer R$ 50 mil aos atletas

Publicada em 12/05/2023 as 09:42h por Por Rafael Soares
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 (Foto: Reprodução)

Um dos apostadores suspeito de estar envolvido no esquema de manipulação de jogos do futebol brasileiro ironizou uma matéria da TV Globo sobre manuseamento de resultados, onde um falso empresário ofereceu R$ 3 mil para um goleiro jogar três bolas para escanteio. Nas mensagens que constam na nova denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás, Romarinho fala com sua mulher que "não faz essas coisas" e os acusados deveriam fazer igual a ele e oferecer R$ 50M mil.

"Tá passando na TV. Gente que oferece $$ (dinheiro) pros jogadores. Pra fazer coisas nos jogos.", diz a mulher de Romarinho. "Eu não faço isso. Nossa como tem gente que é capaz", brincou o apostador.

Na continuidade das mensagens, Beatriz, mulher de Romarinho, também entrou na brincadeira e disse que a oferta de R$ 3 mil do falso empresário é "dinheiro de pinga". O acusado investigado na Operação Penalidade Máxima, por fim, afirma que eles tem que segui-lo como exemplo: "Tem que fazer igual eu. Oferecer 50k", completou.

O suspeito teria oferecido R$ 50 mil para o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos, tomar um cartão amarelo na partida contra o Avaí, pelo Brasileirão do ano passado. No entanto, o defensor não foi advertido. Na rodada seguinte, contra o Botafogo, e ainda com a posse da quantia recebida, novamente aceitou a proposta para, agora, ser expulso na partida. Mas o Bauermann só recebeu o cartão vermelho ao final do jogo, o que não conta para as casas de apostas.

Entenda a atuação do grupo

 

O Ministério Público de Goiás (MPGO) iniciou no mês passado a Operação Penalidade Máxima II, que investiga manipulação de resultados de jogos de futebol. A suspeita é de que o grupo tenha atuado em partidas da Série A do Brasileiro e esse esquema pode ter movimentado quase R$ 1 milhão — isso porque, de acordo com a investigação, nove atletas estão envolvidos e eles receberiam até R$ 100 mil cada para cumprirem determinadas ações durante o jogo, como tomar um cartão ou cometer um pênalti.

De acordo com o Ministério Público, os atletas cooptados manipulavam os confrontos de diversas maneiras como, por exemplo, forçar punição a determinado jogador por cartão amarelo ou vermelho, cometer penalidade máxima e assegurar o número de escanteios da partida. Garantir a derrota da equipe também era uma das práticas.

Os indícios mostram que as condutas previamente combinadas tinham o objetivo de gerar grandes lucros aos envolvidos em apostas realizadas em sites de casas esportivas. Para isso, eram utilizadas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos.

 




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