Preso na quarta-feira passada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, entregou, durante as buscas da Polícia Federal, seu celular pessoal.
Ao longo dos quatro anos nos quais foi braço direito do ex-presidente, no entanto, o militar se comunicava com a maioria dos integrantes do governo e pessoas que buscavam Bolsonaro por meio de outro telefone, este corporativo, que diz ter entregue ao fim do mandato.
A apreensão dos aliados de Bolsonaro rodeia não só o telefone pessoal de Cid, como informou o colunista Lauro Jardim, mas a possibilidade de a PF ter acessado as nuvens de dados incluídas do aparelho funcional do ex-ajudante de ordens.
Foi com base em informações das nuvens de arquivos da Apple e do Google vinculados a um dos telefones de Cid que a PF deflagrou a operação sobre fraude nos certificado de vacinas. A ação levou o coronel para atrás das grades e culminou em uma ordem de busca e apreensão na residência de Bolsonaro.
Poucos dias antes de ser preso, Cid costumava repetir que, nos últimos quatro anos, não trocou seu telefone pessoal. A afirmação era vista por parte dos aliados como ameaça e, por outra parte, como uma tentativa de o militar mostrar que não tinha nada a temer. Como deixou claro a operação da PF na semana passada, Cid tem mais a temer do que nunca.