O desmatamento na Amazônia e no Cerrado bateu recordes para fevereiro, segundo mês do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já com Marina Silva como ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Os números são os maiores para o mês desde que o Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que reúne informações sobre desflorestamento, começou a ser alimentado. Na Amazônia, a área desmatada passou de 198,67 km² em fevereiro do ano passado para 321,97 km² em fevereiro deste ano — alta de mais de 61%.
No Cerrado, o salto passou de 98%: de 280,58 km², em fevereiro de 2022, para 557,85 km² no mesmo mês de 2023.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima disse que “o sistema Deter usa imagens de satélite ópticas e que há grande concentração de nuvens principalmente durante o período chuvoso (novembro a abril), existe a possibilidade de algumas alterações florestais terem ocorrido em períodos anteriores, assim como de eventualmente possuírem autorizações de supressão emitidas por secretarias estaduais de Meio Ambiente”.
Ainda no texto, a pasta promete, em conjunto com outras entidades públicas do setor, tomar medidas para responsabilizar e embargar remotamente desmatamentos que não possuírem autorização válida, dentre outras ações administrativas, “que poderão inclusive bloquear o acesso dos imóveis com desmatamento ilegal a crédito e à cadeia de compradores do agronegócio”.