O ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto pediu folga do trabalho às vésperas dos ataques realizados por manifestantes radicais em Brasília, em 8 de janeiro. O oficial ficou dispensado até o dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, na capital federal, mas foi chamado às pressas para atuar contra os invasores.
Naime foi exonerado do cargo após a ação dos extremistas. O militar fez a solicitação de folga no dia 3 de janeiro. No pedido, o oficial demandava a dispensa até 8 janeiro. A aprovação do pedido foi assinada no dia 5 pelo gabinete então comandante-geral da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, posteriormente exonerado e preso por suspeita de omissão. As informações são do portal Metrópoles. Vieira.
Anderson Torres
Além de Naime, o ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, também estava ausente da capital federal no dia dos atos extremistas que questionavam o resultado das eleições presidenciais de 2022. Torres também foi exonerado e está preso em Brasília.
Naime é alvo de procedimento na Corregedoria da PM-DF. O coronel é investigado por suspeita de retardar as tropas e, assim, permitir a fuga de manifestantes radicais que invadiram os palácios e deixaram um rastro de destruição. Chamado com urgência no dia 8 de janeiro, Naime acabou atuando contra os invasores.
Licença recompensada
Em nota, Naime negou as acusações. O militar sustenta que “após intenso trabalho durante o ano de 2022”, iniciou um “período de licença recompensa no dia 3 de janeiro, com previsão de término para o dia 8 seguinte”. De acordo com o oficial, ele estava fora de Brasília no dia dos atos extremistas e só chegou à Praça dos Três Poderes às 18h, após solicitação de sua presença por parte do governo distrital.
O comunicado enviado ao Metrópoles diz ainda que Naime “seguiu com o protocolo de esvaziamento dos prédios públicos e reestabelecimento da ordem, retirando, juntamente com a tropa, civis que se encontravam ainda no perímetro da Esplanada, realizando centenas de prisões. Durante esse período, ao efetuar uma das prisões, foi nas atingido pernas por um rojão disparado contra os policiais”.
“Agiu conforme a técnica e a lei. Realizou todas as prisões ao alcance da tropa com a qual contava no momento, procurando sempre assegurar a segurança de todos – civis e militares”, finaliza o texto.