A Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo da Assembleia realizou na última quinta-feira (24), no auditório do IFSul de Camaquã, audiência pública para debater o modelo de pedagiamento previsto para a BR-116 entre Camaquã e Porto Alegre.
De acordo com o proponente do debate, deputado estadual Zé Nunes (PT), “o governo Bolsonaro quer onerar ainda mais o transporte no Estado, colocando mais pedágios nas estradas federais o que vai custar caro aos motoristas”. Zé Nunes afirmou “Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Conclusão das Obras de Duplicação da BR 116, e usuário da rodovia, posso assegurar que a Metade Sul do RS não suporta este custo”, garantiu.
“Para nossa região serão três pedágios. A BR-116 receberá mais cinco praças, sendo uma em Camaquã entre a Vila São Carlos e o conhecido posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o que obrigaria moradores a pagar pedágio até para se locomover dentro do município, outra praça de pedágio poderá ser instalada na Barra do Ribeiro e três em Eldorado do Sul. “Mas quem estiver fazendo uma viagem entre Porto Alegre e Pelotas, não passará em todos. Das três praças de Eldorado do Sul, na BR-116, duas estarão posicionadas em locais para evitar fuga de pedágio, em alças da rodovia que obrigarão o motorista a pagar a tarifa”, explicou Zé Nunes.
A tarifa de pedágio em trechos de pista simples será de R$ 11,54 para carros. Já nas rodovias com pista dupla, o montante para estes veículos poderá chegar a R$ 16,15. Se confirmado o preço na licitação, será o pedágio mais caro do Estado. A Ecosul cobra R$ 12,30 para carros na concessão da BR-392 e da BR-116, no Sul do Estado.