Um carro atropelou manifestantes que bloqueavam a Rodovia Washington Luiz, na altura do km 451, em Mirassol (SP), na tarde desta quarta-feira (2). O motorista de 28 anos foi preso em flagrante e levado à delegacia da cidade, onde o caso foi registrado como tentativa de homicídio, segundo a Secretaria da Segurança Pública do estado.
Os números de atropelados e feridos são conflitantes. De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, 15 pessoas ficaram feridas e quatro delas estariam em estado grave. O boletim de ocorrência registrado na delegacia de Mirassol cita 17 atropelados e feridos.
A Prefeitura de Mirassol reafirmou porém, que são sete feridos, sendo dois transferidos para o Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP). “Ambos com escoriações pelo corpo, porém conscientes e orientados”, disse a administração municipal.
Outras cinco pessoas foram para a Unidade de Pronto Atendimento de Mirassol, sendo que uma teve alta e quatro seguem em observação.
De acordo com a prefeitura, duas meninas — uma de 11 e outra de 12 anos — ficaram feridas. A mais nova teve alta, e a mais velha permanece em observação.
Nenhuma morte foi confirmada até o momento.
“O homem passava com seu veículo pelo local, mas, ao tentar ser impedido de seguir por um grupo de pessoas, acelerou o carro. Dois policiais militares rodoviários, juntamente com outras pessoas, foram atropelados”, informou a secretaria da Segurança Pública.
A concessionária Triângulo do Sol, responsável pela administração da rodovia, informou que o atropelamento aconteceu por volta de 15h30 no sentido da capital.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros fizeram atendimentos no local.
A CNN entrou em contato com a família do rapaz que dirigia o carro. Segundo sua mãe, ele acelerou o veículo após ser agredido.
A mulher, que estava no carro com o filho, Israel, diz que ele parou o veículo engatado em primeira marcha e deixou o pé na embreagem.
Segundo ela, o filho discutiu com manifestantes na tentativa de passar com o carro pelo canteiro. Israel teria sido ofendido pelos manifestantes, que também teriam o agarrado pela camiseta e desferido um soco no rosto dele. A agressão teria assustado o homem, que tirou o pé da embreagem e acelerou o carro contra os manifestantes.
“Ele se assustou com o soco e acelerou o carro, mas parou logo depois”, afirmou a mãe.
Segundo ela, depois do atropelamento, policiais militares contiveram os manifestantes, mas mesmo assim, Israel foi agredido.