SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apenas representantes de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram à Polícia Militar de São Paulo pedidos para comemoração de vitória na avenida Paulista no próximo domingo (30).
De acordo com a corporação, o prazo estipulado pela Justiça paulista para manifestação de interesse terminou às 23h59 desta terça (25) e seis grupos bolsonaristas formalizaram o pedido.
Assim, os caminhões de som estarão autorizados a chegar na avenida a partir das 17h, quando a via será fechada para concentração de público.
Não houve pedidos para comemoração no Largo da Batata, em Pinheiros.
Ainda segundo a PM, essa informação foi encaminhada nesta quarta (26) para o Ministério Público Eleitoral que, por sua vez, encaminhará para a 14º Vara de Fazenda Pública para deliberará sobre o tema.
Os magistrados foram informados que a Paulista foi reservada para os petistas comemorarem no primeiro turno, no dia 2 de outubro.
Agora, será a Justiça quem definirá como fica, por exemplo, se houver uma dupla derrota dos candidatos Bolsonaro e Tarcísio de Freitas.
A PM diz que a corporação estará preparada para qualquer decisão da Justiça, incluindo uma eventual divisão de torcidas na Paulista.
Uma das propostas de integrantes da cúpula da PM era deixar o local para os vencedores da eleição presidencial.
No primeiro turno houve um impasse entre apoiadores dos dois candidatos e a Justiça de São Paulo autorizou os petistas a usarem a avenida Paulista para manifestações no domingo (2), depois das 20h30.
Até a noite de terça-feira (25), a coordenação da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliava se recorreria à Justiça sob o argumento de que haveria um acordo tácito selado no primeiro turno entre os dois comitês.
Por esse acerto, que afirmam existir, o candidato vitorioso teria permissão para comemorar o resultado na Avenida Paulista.
Nesta quarta-feira, porém, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a coordenação da campanha não solicitou autorização nem pretende reverter a situação na Justiça.
A deputada disse não haver decisão da campanha do ex-presidente Lula a respeito do local para comemoração em caso de vitória.