Os casos de empregadores acusados de ameaçar e constranger funcionários por causa das eleições aumentaram durante o segundo turno.
Foram registradas 447 denúncias por assédio eleitoral, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Até sexta passada, eram 364 casos. Os dados levam em conta relações trabalhistas em empresas privadas, secretarias e prefeituras públicas.
Faltam 12 dias para a votação e os episódios cresceram também na comparação com as eleições de 2018, quando houve menos da metade dos casos – 212 no total.
A maior parte das ocorrências foi registrada na região Sul, com pelo menos 154 casos, seguida pelo Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
O estado de Minas Gerais lidera as denúncias, na sequência aparecem o Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“O poder diretivo do empregador é limitado pelos direitos fundamentais da pessoa humana, não podendo tolher o exercício dos direitos de liberdade, de não discriminação, de expressão do pensamento e de exercício livre do direito ao voto secreto, sob pena de se configurar abuso daquele direito, violando o valor social do trabalho, fundamento da República”, afirma o Ministério Público do Trabalho.