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MP abre inquérito para investigar vandalismo do MST em unidade da Bayer no interior de SP

A denúncia foi realizada por membros do Movimento Brasil Livre (MBL), que divulgaram o processo aberto pelas autoridades

Publicada em 11/07/2022 as 14:29h por Gianlucca Cenciarelli Gattai Gazeta Brasil
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 (Foto: Divulgação)

Na sexta-feira passada (08), o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação para apurar um ato de vandalismo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na sede da Bayer, em Jacareí, no interior do estado, em 10 de junho.

 

A denúncia foi realizada por membros do Movimento Brasil Livre (MBL), que divulgaram o processo aberto pelas autoridades.

 

De acordo com o MST, a “manifestação” ocorreu pela Bayer importar ao Brasil substâncias agrotóxicas, como o Rundap, um herbicida à base de glifosato, que apresenta risco à saúde humana e ambiental.

 

A entidade ainda cita o Projeto de Lei 6299/2002, que tramita no Senado Federal, e facilita a autorização e comercialização de agrotóxicos no país.

 

Segundo o MST, a medida “traz duras alterações na legislação atual, facilitando a venda e uso de substâncias altamente tóxicas para a vida humana e para a natureza”.

 

A ação ainda foi contrária ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), pela liberação dos produtos e após a revelação do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, que apontou 33 milhões de pessoas passando fome no país.

 

“A concentração de terras está matando o povo brasileiro de fome. O uso das terras no Brasil para produção de commodities e produtos agrícolas e exploração de minérios priva os trabalhadores e as trabalhadoras de terem o acesso à terra para produzir alimentos saudáveis”, explica o MST.

 

Em nota, o MST afirmou que não tem “conhecimento factual sobre qualquer inquérito aberto contra jovens do MST pelo ato pacífico ocorrido durante a Jornada Nacional da Juventude Sem Terra em junho. A manifestação é direito assegurado pela Constituição e na ocasião citada, os jovens denunciaram a tramitação acelerada do Pacote do Veneno (PL 6299/2002) no Congresso e o conluio estabelecido com grandes empresas produtoras de agrotóxicos, como é o caso da Bayer que em 2018 adquiriu a Monsanto. A empresa integra o Sindicato Nacional de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) que atua como lobbysta para liberação de mais agrotóxicos, vários deles causadores de muitas doenças e câncer, desovando no Brasil, os produtos que são proibidos e banidos nos seus países de origem, como é o caso do glifosato”.

 

Por meio de nota, a Bayer afirmou que “defende o diálogo e atua de forma transparente e responsável em todos os seus negócios no Brasil”.

 

“As autoridades tem a prerrogativa de apurar atos eventualmente ilícitos e responsabilizar os envolvidos na forma da lei. A Bayer soube da investigação pela imprensa e contribuirá com o que for solicitado pelas autoridades”, completou a empresa.




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